terça-feira, 29 de maio de 2012

LEA TEREZA : "Poesia é sabedoria para viver'





     "A gente sempre pode melhorar o que já é naturalmente bom.  Poetas, leiam mais poemas dos outros poetas. POESIA deveria ser sabedoria para viver, e não para sofrer, morrer, se foder poeticamente..."
(Via FACEBOOK)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CHAMADA, de Solano Trindade





Poetas despertai enquanto é tempo
antes que a poesia do mundo
vá-se embora
antes que caia sobre o homem
um peso insuportável 

Vinde correndo
cantar o vosso canto de Amor 
para que as crianças 
não sucumbam 

Vinde com a vossa poesia 
socorrer as mulheres
para que elas não caiam em desespero

Vinde poetas 
pois vós
conheceis o segredo da vida...


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Transcrito do livro TEM GENTE COM FOME
E OUTROS POEMAS - Antologia Poética,
de Solano Trindade -  
 Departamento Geral de Imprensa Oficial (G/DGIO)/
Secretaria Municipal de Governo /
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (RJ), 1988.

terça-feira, 17 de abril de 2012

FERREIRA GULLAR : "A POESIA NASCE DO ESPANTO"




     "A poesia, como eu sempre disse, nasce do espanto. Não é como uma das crônicas que eu escrevo para jornais, quando eu escolho sobre o que quero falar. No poema eu não decido o que escrevo. Eu nem sequer decido escrever."

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     "É a súbita indagação que faz com que, de repente, algo não pareça estar explicado.  Até porque o mundo só está explicado para quem o olha nas suas aparências."

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     "Não acho fácil ou difícil escrever.  Escrever por anos e anos me deu um certo domínio da escrita, mas, sem o tema, sem o espanto, não adianta de nada saber.  Não posso escrever sobre o vazio.  Saber escrever, ter o domínio,  é necessário mas não é suficiente."   

 (FERREIRA GULLAR)


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Transcrito da reportagem Poesia que nasce do espanto
- de Diogo Guedes
(Caderno C / Jornal do Commercio,
Recife, PE, 12 de fevereiro de 2012)

sábado, 14 de abril de 2012

DISCURSO (fragmento), de Dimas Macedo




O poema é um rio que corre
e represa na nuvem
e despenca e se estraçalha
quando afunda no solo. 

Inútil remover a tragédia da vida 
quando ela se incrusta
do lado esquerdo do peito.
Do lado direito estão 
os resíduos do ócio e do tédio. 
No coração as espadas da angústia. 
Nas mãos a intranquilidade 
que se nutre de ânsias prematuras.  

Ah, o poema, a pátria,
a pérfida imperfeição que alucina.
A náusea. O tórax. A aurora.
O livro que repousa torto no teto,
aberto entre estacas de sol. 


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Transcrito da antologia
A POESIA CEARENSE NO SÉCULO XX
- Organização de Assis Brasil.
Imago Editora / FCF - Fundação Cultural de Fortaleza, 
Rio, RJ / Fortaleza, CE, 1996  

sábado, 17 de março de 2012

POESIA NO CORAÇÃO





     Você nem sabe mais como declamar uma poesia ? É bom voltar a se lembrar.  Um estudo feito por pesquisadores suiços e alemães mostrou que recitar um poema diminui o estresse e acalma o coração.  Os cientistas fizeram testes em voluntários orientados a declamar poesia e a conversar normalmente durante um período de tempo. Eles verificaram que, quando as pessoas recitavam os poemas, a frequência respiratória e os batimentos cardíacos diminuíam harmoniosamente, demonstrando que o nível de estresse havia caído."


(Transcrito da página "Viver Bem", Revista IstoÉ, outubro, 2002)

domingo, 4 de março de 2012

PENSAMENTO UNIVERSAL : A POESIA A SERVIÇO DE UM NOVO HUMANISMO




RABINDRANATH TAGORE (Índia)

"Cada um de nós é como um verso isolado em um poema, ele sente perfeitamente que rima com outro verso e, deve encontrá-lo, sob pena de nunca alcançar sua própria realização."



PABLO NERUDA (Chile)

"A poesia é sempre um ato de paz.  O poema nasce da paz como o pão nasce da farinha."



AIMÉ CÉSAIRE (Martinica)

"A revolução a se fazer na Martinica será em nome do pão, é claro, mas também em nome do amor  e da poesia."


(Da revista O CORREIO DA UNESCO
 - pag,. 53/;54, Abril/Junho, 2011)






quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SER POETA, de Florbela Espanca





Ser poeta é ser mais alto, é ser maior 
Do que os homens ! Morder como quem beija !
É ser mendigo e dar como quem seja 
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor !

É ter de mil desejos o esplendor 
E não saber sequer que se deseja !
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor !

É ter fome, é ter sede de Infinito !
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito !

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim 
E dizê-lo cantando a toda a gente !



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FLORBELA ESPANCA, poetisa portuguesa
(1894-1930)