"DIÁRIO POÉTICO"
Trova
Brotando por entre as fráguas
E abismado, frágil, incerto,
O verso é sempre um milagre :
Pura rosa do deserto !
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Todas as antigas civilizações, por mais afastadas uma das outras, no tempo e no espaço - sempre começaram descobrindo três coisas : a poesia, a bebida e a religião.
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Se alguém te perguntar o que quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo...
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Trova
Fez Deus o mundo em seis dias
E descansou desde então...
Mas os poetas continuaram
A obra da criação.
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Mas para que interpretar um poema ? Um poema já é uma interpretação.
(Porto Alegre, RS, 1987)
sábado, 12 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
A PALAVRA MAIS HUMANA (16) / Geraldino Brasil
A P O E S I A
A Poesia não exige que sejas grande.
Não te quer maior ou menor do que és.
Não lhe serve que fales como falaram.
Repetir é parar onde chegaram.
Não te afastes dela.
A Poesia quer apenas
o teu jeito de ver e de dizer.
(Recife, Pernambuco)
A Poesia não exige que sejas grande.
Não te quer maior ou menor do que és.
Não lhe serve que fales como falaram.
Repetir é parar onde chegaram.
Não te afastes dela.
A Poesia quer apenas
o teu jeito de ver e de dizer.
(Recife, Pernambuco)
A PALAVRA MAIS HUMANA (15) / Maria de Lourdes Hortas
M A L A
Espécie de mala
a alma
do poeta
porão onde se guarda
tudo o que serve
para a poesia :
cartas por enviar
labirintos de intenções
partituras inacabas
vertigens inominadas
catedrais de silêncio
mapas indecifrados
medos, lápides
eclipses, horizontes
icebergues, vulcões
sonatas de chuva
retratos em sépia
arquivo de auroras
e crepúsculos
maravilhas de instantes
tempo avulso
que se escoa e nos leva
na voragem da ciranda.
O que guardo na alma
abro na poesia :
nela interrogo a vida
dia após dia.
_________________________________
(do livro RUMOR DE VENTO,
Maria de Lourdes Hortas,
Panamérica Nordestal Editora,
Recife, 2009)
Espécie de mala
a alma
do poeta
porão onde se guarda
tudo o que serve
para a poesia :
cartas por enviar
labirintos de intenções
partituras inacabas
vertigens inominadas
catedrais de silêncio
mapas indecifrados
medos, lápides
eclipses, horizontes
icebergues, vulcões
sonatas de chuva
retratos em sépia
arquivo de auroras
e crepúsculos
maravilhas de instantes
tempo avulso
que se escoa e nos leva
na voragem da ciranda.
O que guardo na alma
abro na poesia :
nela interrogo a vida
dia após dia.
_________________________________
(do livro RUMOR DE VENTO,
Maria de Lourdes Hortas,
Panamérica Nordestal Editora,
Recife, 2009)
sábado, 5 de junho de 2010
POESIA, A PALAVRA MAIS HUMANA (3) / Mário de Andrade
DO "PREFÁCIO INTERESSANTÍSSIMO"
"Escrever arte moderna não significa para mim representar a vida atual no que ela tem de exterior : automoveis, cinema, asfalto. Se estas palavras frequentam-me o livro não é porque pense com elas escrever moderno, mas porque sendo meu livro moderno elas têm nele sua razão de ser."
(São Paulo, 1921)
"Escrever arte moderna não significa para mim representar a vida atual no que ela tem de exterior : automoveis, cinema, asfalto. Se estas palavras frequentam-me o livro não é porque pense com elas escrever moderno, mas porque sendo meu livro moderno elas têm nele sua razão de ser."
(São Paulo, 1921)
POESIA, A PALAVRA MAIS HUMANA (2) / Saint-John Perse
POETA : A CONSCIÊNCIA DO SEU TEMPO
"Diante da energia nuclear, será bastante a lâmpada de barro do poeta ? - Sim, se o homem se lembrar do barro. Para o poeta, ser a consciência do seu tempo é o bastante."
(Transcrito de O CORREIO DA UNESCO,
número 10/11,1982)
"Diante da energia nuclear, será bastante a lâmpada de barro do poeta ? - Sim, se o homem se lembrar do barro. Para o poeta, ser a consciência do seu tempo é o bastante."
(Transcrito de O CORREIO DA UNESCO,
número 10/11,1982)
POESIA, A PALAVRA MAIS HUMANA (1)
A LITERATURA COMEÇA PELA POESIA
"Em todas as civilizações e em todas as línguas, a literatura começa pela poesia e não pela prosa. Daí a importância da poesia."
EMÍLIO GARCIA GÓMEZ
(membro da Real Academia de La Historia de Madrid)
"Em todas as civilizações e em todas as línguas, a literatura começa pela poesia e não pela prosa. Daí a importância da poesia."
EMÍLIO GARCIA GÓMEZ
(membro da Real Academia de La Historia de Madrid)
´POESIA, A PALAVRA MAIS HUMANA (1)
"A LITERATURA COMEÇA PELA POESIA"
Em todas as civilizações e em todas as línguas, a literatura começa pela poesia e não pela prosa.
Daí a importância da poesia.
EMÍLIO GARCIA GÓMEZ
(membro da Real Academia
de La Historia, de Madrid)
Em todas as civilizações e em todas as línguas, a literatura começa pela poesia e não pela prosa.
Daí a importância da poesia.
EMÍLIO GARCIA GÓMEZ
(membro da Real Academia
de La Historia, de Madrid)
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