sábado, 23 de agosto de 2014

O POEMA, de Mário Quintana





Um poema como um gole d'água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida
                                       para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa
                                                             condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza.  



(Do livro
 OS MELHORES POEMAS DE  MÁRIO QUINTANA) 



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Transcrito do blog DOMINGO COM POESIA  
(http://www.domingocompoesia.com.br)