Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta
_____________________________________
Transcrito do livro POEMAS ESCOLHIDOS,
de Ferreira Gullar
- Coordenação e seleção de Walmir Ayala
(Ediouro Publicações, Rio de Janeiro, RJ
-http://www.ediouro.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário