"A poesia, como eu sempre disse, nasce do espanto. Não é como uma das crônicas que eu escrevo para jornais, quando eu escolho sobre o que quero falar. No poema eu não decido o que escrevo. Eu nem sequer decido escrever."
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"É a súbita indagação que faz com que, de repente, algo não pareça estar explicado. Até porque o mundo só está explicado para quem o olha nas suas aparências."
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"Não acho fácil ou difícil escrever. Escrever por anos e anos me deu um certo domínio da escrita, mas, sem o tema, sem o espanto, não adianta de nada saber. Não posso escrever sobre o vazio. Saber escrever, ter o domínio, é necessário mas não é suficiente."
(FERREIRA GULLAR)
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Transcrito da reportagem Poesia que nasce do espanto
- de Diogo Guedes
(Caderno C / Jornal do Commercio,
Recife, PE, 12 de fevereiro de 2012)
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