Andar sobre as águas
atravessar paredes abismos
é próprio do poeta
como é próprio do trigo
ser flor
e pão.
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Noite adentro
olhos ancorados em Deus
dormem os animais
as crianças as plantas
e algum poeta.
Ninguém mais.
(do livro ESCAVAÇÕES, São Paulo, 1980).
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