A poesia repousa no silêncio
Germina na angústia
E na balbúrdia dos sentidos
Brota do corpo-terra e ainda olho-d'água
Fortalece-se na fome das misérias gritantes
Embeleza-se com a nobreza das coisas
Que ignora vaidades
A poesia não ocupa salas
Auditórios
Academias
É terra devoluta, usucapiada
Preenche almas
Empondera-se
Sem intenção
Por si só esclarece
Porque é de todo
Verdade e Essência
A poesia germina não se corrompe
Não se vende
Resiste a qualquer forma de escravidão
Chamam-lhe poema, literatura
Inventam nomes
Entretanto, como Deus,
Ela reside nos detalhes.
(Transcrito do blog MÁRCIA MARACAJÁ
- http://marciamaracaja.blogspot.com.br)
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