Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens ! Morder como quem beija !
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor !
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja !
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor !
É ter fome, é ter sede de Infinito !
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito !
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente !
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FLORBELA ESPANCA, poetisa portuguesa
(1894-1930)
Olá Juareiz,
ResponderExcluirNa época da faculdade tive um livro da Florbela, o seu único livro publicado...
emprestei e fiquei sem... que bom poder ler novamente.
abraços
claudete